quinta-feira, 13 de agosto de 2015
sábado, 1 de agosto de 2015
quinta-feira, 9 de julho de 2015
ComPLIcaDo
Não sei o que se passa
Na cabeça dessa gente complicada,
Que sem dó e piedade,
Acaba matando aos poucos esta cidade.
Devagar destrói nossas florestas,
Aos poucos polui as águas,
Daqui a pouco
Ficaram sem respirar de verdade.
Complicadas são estas pessoas,
Que se esquecem que tudo
Que estão destruindo
É para nossa vida.
Complicadas são estas pessoas
Que descobrem tantas coisas,
Que fazem tanta evolução,
Que navegam pelo espaço
Sem pagar pedágio,
Mas que se esquecem de consertar
Esta mente humana complicada.
Porque são tão complicados,
Que não entendem que desse jeito
Nada sobrará, inclusive a humanidade.
Complicados...
sábado, 4 de julho de 2015
Matéria Publicada no Jornal da Manhã de Marília em 08/05/2015
http://www.jornaldamanhamarilia.com.br/noticia/27584/Escritora-distribui-livro-para-entidades-para-estimular-leitura-entre-as-criancas/
http://www.jornaldamanhamarilia.com.br/noticia/27584/Escritora-distribui-livro-para-entidades-para-estimular-leitura-entre-as-criancas/
segunda-feira, 22 de junho de 2015
SONHOS
DE PALAVRAS
Não pense num mundo qualquer
Descubra aquilo que mereça ser
descoberto
Viaje por todos os mares
Descubra a verdadeira poesia
Aquela que se esconde
Por de trás da colina
Aquela que um dia foi desconhecida.
A palavra é escrita
E junto à esperança de criar,
Os versos são perfeitos
Como um anjo a nos guiar
Iluminando os caminhos
Duros de andar.
Viaje pelo reino do saber
Descubra um mundo submerso
Lá estão escondidas,
As palavras da sabedoria,
Aquelas que transmitem a calma
E leva embora a melancolia.
Penetre pela natureza das palavras
Só elas podem levar-nos ao sonho
Da alma desterrada.
Ela deixa qualquer ser
Dentro de um sonho inerte
Transforma qualquer palavra
Em tudo que é eterno.
Espere até que o sonho seja descoberto
Juntamente com a alma da palavra
Tenha paciência e cautela,
Os sonhos são perfeitos
Estes caminham com as palavras
E não são soberbos.
Não prenda as palavras
Em uma única frase
Elas precisam ser escritas
Em todos os lugares,
Elas precisam estar sempre em contato
Com a alma humana.
Contemple as palavras
Abra a porta da eterna juventude
Descubra o mundo desconhecido
Da árvore da sabedoria
Entre no saber
E encontre a magia.
autora: Joyce Silva
INDIFERENÇA
O barulho dos carros, a agitação das
pessoas, o corre-corre contra o tempo. Tudo e todos pensando na hora do almoço
que já terminava, na prova de matemática, na reunião que começaria em poucos
minutos, na conta de água que tinha vencido e que tinha esquecido de pagar.
Tudo e todos agitados. Tudo e todos estressados, nervosos, inquietos,
preocupados. Menos ela. Ela que com seu jeito simples e sereno, não se
preocupava com o que as pessoas pensavam dela ou deixava de pensar. Apenas continuava
os mesmos movimentos repetidamente.
Mas as pessoas não ligavam para ela, ou
melhor, nem percebiam sua presença. Estavam preocupados de mais com seus
afazeres, com suas vidas que nem se quer tinham tempo de pensar em outras
coisas. Em outras pessoas.
E ela continuava ali. Ás vezes do seu
pensamento surgia uma música que gostava. Gostava de cantar. Como gostava de
cantar. Até tinha uma voz bonita, afinada. Cantar é bom, deixa o espírito mais
leve. A música é capaz de transmitir muitas coisas, todos os sentimentos: amor,
raiva, saudade.
Todos os sentimentos.
Resolveu parar um pouco. Sentia-se
cansada. Sentou-se na beira da calçada. Dali via todos os carros, e de todos os
modelos e anos. Que barulhão, motores ligados, buzinas, gritaria. Ai que poluição
sonora!!!
Levantou-se lentamente.
Com os gestos tranquilos, suas mãos iam
esfregando com um pedaço de sabão as poucas roupas que lavava. Nada de pressa! Nada.
Afinal a água que escorria da sarjeta era pouca e lentamente ia enchendo o
balde que ia servir para enxaguar as roupas. Sua vida pobre e humilde não lhe
proporcionava o conforto de ter em casa água encanada. Seu pequeno quarto em
que vivia, e que dividia com seus quatro irmãos, era o único refúgio que
possuía nos dias de chuva, frio e até mesmo das noites escuras. Um quarto que
abrigava uma família que lutava diariamente para uma vida mais feliz e sem
tantos sofrimentos. Um quarto que acolhia sonhos... sonhos de ter uma casa
grande, cheia de quartos, de ter uma cozinha, sala...Uma casa que teria uma
geladeira farta...uma casa que teria um quintal para poder brincar. Mas aquele
quartinho não tinha nada disso. Não tinha luxo. Nada de luxo. Nada de dinheiro. Nada de conforto. Os dois
colchões que ficavam no chão servia de cama, sofá, mesa para os 5 habitantes
daquela casa. Nada de luxo... nada. Uma vida humilde e pobre, regrada de muito
esforço. Todos os dias com suas roupas sujas seguia para a mesma rua e ali
esperava ansiosamente a água que escorria pela sarjeta. Água essa que
certamente alguém estaria esbanjando em algum lugar. Como alguém poderia
esbanjar tanta água? Ela sabia quão importante era saber economizar e não
desperdiçar. Ela sabia o quanto sonhava em ter em sua humilde casa, água que
saísse das torneiras e com ela poder lavar o arroz, tomar banho, lavar as
roupas. Quanto sonhava com este dia. E como sonhava. Mas enquanto este dia não
chegava ela continuava ali, esperando a água escorrer pela sarjeta. E
continuava sonhando com a água encanada. Sonhava.
Publicado
no Livro: Ideias Soltas- Editora Apem- 2010- p.70
Publicado
Jornal da Manhã de Marília/SP em 13/03/2011- Caderno 2
domingo, 14 de junho de 2015
quinta-feira, 11 de junho de 2015
quarta-feira, 20 de maio de 2015
domingo, 22 de março de 2015
Ser diferente é ser igual
No último dia 21 de março, o Mundo
comemorou o Dia Internacional da Síndrome de Down. O que ainda muitas pessoas
não sabem, é que a Síndrome de Down não é uma doença. A síndrome é causada por um erro na divisão
das células durante a formação do bebê ainda quando é um feto.
Apesar de muito se falar
sobre o assunto, ainda há pessoas que persistem em achar que isso é contagioso,
ou pior ainda, que uma pessoa que possui a síndrome não pode ter uma vida
normal. Pelo contrario do que ainda muitos pensam, ela não é contagiosa e
qualquer pessoa que tenha, vive normalmente. Essas pessoas vivem em sociedade
como qualquer pessoa, e desenvolvem qualquer atividade, como: trabalhar, estudar,
se divertir, namorar, casar, enfim, são pessoas como qualquer outra.
É de extrema ignorância achar
que essas pessoas devem viver isoladas do mundo. Uma opinião extremamente
ignorante. Pessoas com a síndrome trabalham normalmente, como a atriz Joana
Mocarzel, que interpretou a Clara, na novela Páginas da Vida, da rede Globo.
Diversas outras pessoas como Joana vivem em sociedade e buscam o que qualquer
outra pessoa quer: ser feliz.
Julgar as pessoas pela aparência é
não querer olhar para si mesmo, pois todos nós somos diferentes. Até mesmo as
pétalas de uma rosa que parece serem idênticas, se olhada mais de perto, notar-se-á
suas diferenças; ou uma pétala está maior que a outra, ou talvez esteja com a
cor mais clara que as demais.
Ninguém é igual a ninguém, somos
diferentes e é está diferença que faz cada um de nós especiais. Cada um tem um
dom, um carisma, um jeito de falar, de andar...um jeito de ser.
Quando olhei todas aquelas
crianças da Apae felizes e alegres pelo fato de estarem vendo pela primeira vez
uma peça de teatro, meu coração encheu de tamanha alegria, pois pude perceber
em cada olhar uma felicidade sincera e que foi capaz de contagiar a todos que
estavam ali. Não pude explicar, mas apenas sentir. E ao final da peça, quando
recebi o abraço de uma delas, meu coração se encheu mais de alegria. Percebi
naquele exato momento que seja qual for a nossa diferença, quando se ama,
quando se busca a felicidade, tornamos iguais, e seja qual for o nosso
problema, seremos sempre iguais. Tornamos iguais no amor eterno que sentimos
pela outra pessoa, e pela felicidade que sempre buscamos.
Vivermos em pleno século XXI achando
que aqueles que possuem a síndrome de down são diferentes, é andar no
retrocesso. É querer voltar em uma época em que nem água encanada tinha nas
casas. É ser uma pessoa pequena. Pequena na ignorância e pequena mais ainda por
possuir o preconceito.
Não deve ser apenas no
dia 21 de março a ser lembrado como o Dia Internacional da Síndrome de Down,
mas em todos os outros dias do ano. Deve ser lembrado que há pessoas que apesar
de terem uma síndrome, são iguais, e que certamente tem muito a nos ensinar,
principalmente no amor que estas pessoas são capazes de transmitir. Ser
diferente é ser igual.
Texto
publicado no Jornal da Manhã em 01/04/2012- Coluna Vida Urbana
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